quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

TODA HISTÓRIA PESSOAL TEM UM COMEÇO E MUITAS INSPIRAÇÕES ...


Era uma vez uma menina que nasceu e cresceu numa "cidade-quase-ilha", pois para chegar até à capital, a menina precisava atravessar de balsa um dos rios que cercavam a cidade. E a menina adorava inventar brincadeiras e histórias com seus amigos reais e imaginários na sua "cidade-quase-ilha". A garotinha foi crescendo e em seus pensamentos começou a sonhar com um mundo quase distante (sim, porque a capital não era tão longe, mas havia um rio sem uma ponte, lembra?). Na sua casa, lá na quase ilha, ela ficava sabendo de muitas coisas que aconteciam naquele mundo quase distante através de uma televisão pequenininha e amarela. 
Através daquela televisãozinha ela descobriu pessoas encantadas que habitavam aquele outro mundo. Quando adolescente a menina adorava assistir a um programa com muito bate papo cultural, chamado “Pra começo de conversa”. Hoje existem muitos programas de opinião, mas naquela época – lá pelos anos 80 – isso não era assim tão comum. Pelas almofadas e banquinhos daquele programa passava muita gente bacana que inspiravam a menina - e que até hoje a inspiram. 

Mesmo distante de cinemas e teatros, a menina assistia pela tela da televisãozinha aos programas da TVE RS e encantava-se com aquela gente bacana mostrando o seu trabalho. Naqueles momentos a menina sabia que um dia sairia da sua quase ilha para percorrer outros caminhos. 
Quando cresceu, a menina atravessou o rio e descobriu muitos mundos. Mundos que ela ainda não parou de explorar e de inventar personagens para viver e aprender. Mas cada um desses personagens é pleno de gratidão pelas pessoas que tanto a inspiraram naqueles tempos de infância. Somos seres carregados de marcas que vão sendo inscritas nos nossos corpos desde quando somos gerados. 
Se a garotinha aprendeu a amar as artes e desejar profundamente fazer parte daquele universo. E se ela tornou-se uma pessoa tão cheia de inspirações e inquietações profissionais, uma profissional que não se basta “apenas” professora, "apenas" fisioterapeuta, “apenas” contadora de histórias, “apenas” educadora, “apenas” pesquisadora - e sabe-se Deus quantos apenas ainda estão por vir -, muito é em razão destes seres encantados que a fizeram (e ainda a fazem) acreditar que um outro mundo é possível para além das margens daqueles dois rios e para além dos seus sonhos. 
Do fundo do seu coração habitado de boas lembranças, a menina é hoje imensamente grata aos seus inspiradores, entre eles: Eduardo Bueno, Shala Felippi, Marcia do Canto, Julio Conte, Marcos Breda, Lucia Serpa (e todo o elenco da peça "Bailei na Curva". São personagens fundamentais dessa história também: Nelson Coelho   de Castro (poeta cantante querido, inspirador, amado amigo), Bebeto Alves, Totonho Villeroy e Nei Lisboa. Vocês foram e são marcos históricos, bases fundamentais dessa história que a menina segue construindo e que agora vai apresentando aos seus filhotes, aos seus amigos, aos seus alunos. Não há obrigados suficientes para expressar o tamanho da minha gratidão. Grata! Grata! Grata!! 
 

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